Um trabalho que exige disposição, ética e sigilo. Os conselheiros tutelares são muitas vezes interpretados como vilões quando na verdade estão apenas garantindo os direitos das crianças e adolescentes de suas cidades. Para conhecer um pouco mais sobre esta função, os conselheiros apresentaram um relatório das atividades executadas em Mirandópolis durante o ano de 2014.
Composto por cinco conselheiros, o CT lida com casos de maus tratos, negligências, abusos sexuais, estupros de vulneráveis, pedofilia, evasão escolar, abandonos de incapaz, entre outras infrações que envolvam crianças e adolescentes. A cada ocorrência, os conselheiros dispõem de conhecimento da legislação, cautela na abordagem e sigilo para poupar os envolvidos nos casos. Em parceria com a Polícia Militar, em muitas ocorrências os conselheiros tutelares correm riscos de agressão e ameaças.
Entretanto, nenhum dos pontos negativos da função fez com que os conselheiros tutelares de Mirandópolis: Maria Cristina Alexandre, Nilza Brito Rodrigues, Maria Conceição Athaíde Longo, Suely Américo Terra Sartori e Claudio Gomes da Silva, desistissem da missão de proteger os menores em situações de vulnerabilidade.
Pelo contrário, os motivaram ainda mais em trabalhar por quem precisa. E os resultados foram os mais de 900 atendimentos realizados durante os dozes meses de 2014. Mais de 100 atendimentos em portas de escola, delegacias e hospital. Durante o ano que passou, o Conselho Tutelar atendeu mais de 71 denúncias anônimas e apuraram todas elas. Realizaram 253 visitas domiciliares para verificar se a segurança e saúde das crianças e adolescentes acompanhados estavam satisfatórias. Passaram por quatro capacitações e freqüentaram dezenas de reuniões com a sociedade mirandopolense. Além dos 256 atendimentos na sede do Conselho e outros serviços cujo registro não foi incluso no relatório apresentado ao prefeito municipal.
A fiscalização em creches e abrigos também é uma função do Conselho Tutelar, que acompanha de perto o trabalho de pajens e cuidadores. “Fazemos muitos atendimentos, abordagens informais que não incluímos no relatório. Um conselheiro está a trabalho 24 horas por dia, todos os dias da semana”, destaca a conselheira Maria Cristina Alexandre observando que é preciso do respaldo da população para que a segurança das crianças e adolescentes seja garantida e efetiva. Ela orienta que os mirandopolenses utilizem o serviço de denuncia anônima e apoiarem a atuação do Conselho.
Segundo o grupo, o maior problema ainda é o abuso sexual em crianças e adolescentes. Sem citar quantidade, os conselheiros ressaltam que esta prática vem se tornando cada vez mais comum na cidade e que a denúncia é a melhor maneira de combater esta violência contra a criança. O serviço telefônico “Disk 100” garante anonimato.
Este ano, o Conselho Tutelar planeja ações preventivas como palestras em escolas e campanhas educativas para orientar as crianças e despertar na sociedade a importância do combate à violência de qualquer espécie. Os interessados em colaborar com o serviço ou relatar alguma ocorrência podem procurar os conselheiros em horário comercial na sede do Conselho (rua das Nações Unidas, 281) pelo telefone 18 3701-6756 ou 24h por dia pelo celular 18 99793-0392.
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MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS