A lei de nº 2582 foi criada em 2012, porém não havia identificação no local
O Bosque Municipal agora possui identificação adequada com placa denominativa “Bosque Municipal Gabriel Mitsuo Nakahara”. O nome foi atribuído ao local em setembro de 2012, pela Câmara Municipal, cuja sugestão do projeto de lei foi do então vereador Marcos Camacho. Para perpetuar a homenagem, o prefeito Chicão Momesso instalou uma placa na entrada do espaço de lazer.
“A homenagem já existia, mas muita gente não sabia. Por isso fixamos a placa para que seja do conhecimento de todos os usuários do bosque e marcado na história de nossa cidade”, observou o chefe do Executivo aos familiares. Mesmo com o tempo chuvoso, o prefeito fez questão de “descerrar” a placa denominativa ao lado dos familiares na data marcada, 24 de setembro. Foi também no mês de setembro, mas no ano de 2009, que Gabriel faleceu aos cinco anos de idade. Os pais do homenageado, Carla e Claudio Mituso Nakahara agradeceram o carinho da administração municipal.
HOMENAGEADO
Gabriel Mitsuo Nakahara nasceu em 30 de janeiro de 2004, em Mirandópolis. Com um mês de vida, ele foi diagnosticado com encefalite. Médicos afirmavam que a chance de sobrevivência era de 10%. Mesmo assim, Gabriel não desistiu de viver. Entre semanas em casa e no hospital, a família não perdia a fé e a esperança. Gabriel chegou a freqüentar a APAE de Mirandópolis, mas por conta das viagens em busca do diagnóstico, ele não mantinha continuidade nos estudos. A mãe conta que chegou a levá-lo a 18 dermatologistas, pois saiam feridas pelo corpo.
Todos achavam que era um problema imunológico. Ele foi levado à AACD em São Paulo, Unicamp, além de médicos particulares em Rio Preto, São Paulo, Sorocaba e Ribeirão Preto. Encaminhado à USP, a desconfiança de ser realmente um problema imunológico aumentou. Baterias de exames foram solicitadas pela médica que o acompanhava. O retorno estava marcado para setembro de 2009.
Deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unimed, em Araçatuba, em 3 de agosto de 2009. Lá, Gabriel foi diagnosticado com uma síndrome rara, que impedia a produção de glóbulos brancos, células especializadas na defesa do organismo. A situação de Gabriel não tinha tratamento, mas com aplicações de vacinas aumentava sua imunidade.
Gabriel foi a primeira criança a utilizar a máquina de hemodiálise na região sendo pioneiro nesse tipo de tratamento, nunca antes feito no interior.
O garoto ficou internado na UTI durante 42 dias e fez apenas quatro sessões de hemodiálise. No dia 17 de setembro de 2009, às 13h20, Gabriel faleceu decorrente de disfunção múltipla dos órgãos e sistemas, insuficiência renal e infecção generalizada.
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MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS
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