O primeiro dia do racionamento de água não refletiu em grandes impactos para a população segundo informou o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mirandópolis – SAAEM. O corte do abastecimento iniciou na segunda-feira (22), no período das 11h às 17h em razão da longa estiagem e baixa capacidade das represas que abastecem o Município.
De acordo com a autarquia o principal bairro afetado no primeiro dia foi o Paulicéa, nas proximidades da área central. “Os outros bairros não tiveram a falta d’água porque ainda tinha água na rede e usaram pouco” explicou o diretor executivo do SAAEM, José Felício Albano. A ideia é que a população se conscientize para o uso econômico da água. Nos próximos dias será possível mensurar o reflexo ambiental do racionamento. “Estamos observando se está surtindo efeito nas barragens”, conta.
Conforme já anunciado, a decisão do racionamento foi a última alternativa do Município. Desde o início da estiagem o SAAEM vem buscando medidas para manter o abastecimento normal com revezamentos das represas. Juntas, as duas principais fontes de abastecimento do município: barragens São de Lourenço e Santa Helena têm capacidade 330 metros cúbicos por hora. Porém, atualmente estão trabalhando com menos de 150 m³/h.
RACIONAMENTO
O racionamento é diário das 11h às 17h. A ideia é aliviar as barragens neste período do dia. O corte só será feito na Estação de Tratamento de Água neste primeiro momento. à Além da ETA, o Município possui 17 poços artesianos distribuídos nos bairros urbanos e 4 nos distritos que também levam água até as torneiras residenciais. “São poços pequenos com capacidade média de 100 mil metros cúbicos, mas que, em pontos isolados, ajudam principalmente em horários de pico”, explica Albano.
USO CONSCIENTE
“Mais do que interromper o abastecimento, é preciso economizar a todo momento”, observa a direção do SAAEM sobre o consumo excessivo da população. A média mensal de consumo de água dos mirandopolenses está acima do ideal (120-150 litros por dia) atingindo a faixa de 200 litros/dia.
A dona de casa Odila Pekin Andreassa é um exemplo de sucesso. Ela faz reserva da água da chuva há três anos e conta que está preparada para o racionamento. “Eu nem senti diferença”, relata. Com um sistema de armazenamento da água que cai no telhado em reservatórios cuidadosamente cobertos, é possível lavar roupa, limpar a casa e regar as plantas. Somente na chuva de sábado (20), a aposentada guardou 900 litros. Para garantir que a água chegue limpa às caixas, ela utiliza um filtro de pano na ponta da mangueira que capta do telhado.
Além da consciência ambiental, dona Odila também ganhou benefícios econômicos. “Antes pagávamos uma média de R$ 80 na conta de água, depois que implantamos esse sistema nossa fatura não passa de R$ 30”, comemora.
Com o uso consciente, a população poderá não sentir a falta da água nas torneiras durante o racionamento. “Sabendo usar não vai faltar”, finalizou o diretor com o bordão do SAAEM.
-----------------------------------------------------------------------------
MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS
ASSESSORIA DE IMPRENSA
-----------------------------------------------------------------------------